quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Gordura Trans



Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), rótulo é toda inscrição, legenda e imagem ou, toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada ou colada sobre a embalagem do alimento.
Os alimentos industrializados são identificados pelo rótulo presente em sua embalagem. O rótulo é responsável por trazer dados importantes do produto ao consumidor como
Lista de ingredientes que compõem o produto. Essa lista deve estar em ordem decrescente, ou seja, primeiro devem aparecer os itens presentes em maior quantidade.
Origem do produto, ou seja, o nome de sua empresa e endereço de fabricação. É importante colocar também informações de contato de atendimento ao consumidor.
Lote e Prazo de validade. Para produtos com prazo inferior a três meses, é necessário o dia, mês e ano. Para os demais, apenas o mês e ano.
Conteúdo líquido, expresso em massa (gramas / quilos), ou em volume (ml, litros). Em alguns casos (como conservas), é necessário informar também a massa do conteúdo drenado.
Informação Nutricional Obrigatória, também chamada tabela nutricional. Veja abaixo mais detalhes de sua apresentação e composição.
Atributos nutricionais complementares: Informações geralmente destinadas a portadores de determinadas doenças, como “Contém glúten” ou “Não contém glúten”, alimentos de teor reduzido de açúcares, gordura ou determinado nutriente (alimentos diet e light), ou produtos que podem conter traços de amendoim, amêndoas, soja e leite.
Os rótulos presentes nos produtos industrializados são confiáveis? Essa é uma questão que foi abordada por estudantes da Universidade de Brasília. O estudo revelou que 12% das embalagens dos alimentos brasileiros apresentam irregularidades nos rótulos, elas funcionam como uma armadilha para o consumidor.

domingo, 22 de outubro de 2017

CADA UM FAZENDO SUA PARTE

APRENDA A IMPORTÂNCIA DA COLETA SELETIVA E CADA UMA DAS CORES DAS LIXEIRAS DE RECICLAGEM:

Poluição do Meio Ambiente

Os plásticos feitos de polímeros artificiais apresentam várias vantagens no que diz respeito à durabilidade, resistência e baixo custo de produção. Eles são praticamente inertes, impermeáveis, podem ser moldados a baixas temperaturas e são flexíveis e rijos o bastante a ponto de resistirem a impactos.

Essas e outras características apresentadas pelos plásticos fizeram com que a sua produção e seu uso, principalmente em embalagens, se tornassem generalizados e cada vez mais crescentes. Em nossa sociedade é impossível pensar em um único dia em que não tenhamos contato com produtos que contenham polímeros.

Entretanto, se por esse lado os polímeros se mostram vantajosos, quando se trata de seu descarte eles apresentam enormes desvantagens. Dentre elas, a pior é que a grande maioria dos plásticos não é biodegradável, isto é, eles não são decompostos por microrganismos, como fungos e bactérias. Isso significa que mesmo depois de jogados fora, os plásticos continuam por muitos e muitos anos conservando suas propriedades físicas e, dessa forma, continuam poluindo o ambiente e aumentando a quantidade de lixo.

Abaixo, temos uma tabela que mostra como os materiais feitos de polímeros podem levar tempo para sofrer degradação na natureza:

Tempo de degradação na natureza de alguns materiais feitos de polímeros
Assim, os plásticos são agentes poluidores bastante agressivos. Dependendo de onde se lança o lixo, a poluição e a degradação do meio ambiente causadas por esses produtos podem ser muito graves. Vejamos alguns desses:

Mar:se forem lançados no mar, esses polímeros podem causar a morte de vários animais, como peixes e tartarugas que morrem ao engolirem folhas e sacolas plásticas;

Imagem relacionada

Depósitos a céu aberto: esse tipo de depósito contamina todo o ambiente ao redor;
Aterros sanitários: nesse caso, o lixo é jogado sobre o solo, compactado e coberto com terra. O problema é que com a grande quantidade de plásticos, esses aterros não poderão ser usados futuramente para construção ou agricultura, pois eles contaminam o solo e os lençóis freáticos. E como a quantidade de lixo está cada vez maior, faltam lugares que podem ser usados para essa finalidade. Assim, há a necessidade de se procurar lugares cada vez mais afastados dos centros urbanos, o que aumenta o custo do empreendimento;

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Incineração: ao serem queimados, os plásticos podem lançar ao ar substâncias tóxicas, como o HCl, o NH3, o HCN, entre outros. Isso pode ser evitado se houver controle rigoroso de filtração e neutralização desses gases. Nesse caso, a incineração poderia ser uma excelente alternativa para a eliminação de lixo potencialmente perigoso, como os lixos hospitalares e de certas indústrias. As cinzas são jogadas nos aterros sanitários com menor volume. Além disso, a energia liberada na queima do lixo pode até ser usada para a geração de energia elétrica;

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Reciclagem: sem dúvida essa é a melhor solução para diminuir o problema do lixo. Essa medida, juntamente com medidas pessoais que visem à diminuição da quantidade de lixo produzido, como não comprar produtos com muitas embalagens e o aproveitamento do lixo, reutilizando tudo o que for possível, podem ajudar em muito na redução desse grande problema mundial.

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Várias tentativas de se produzir polímeros biodegradáveis já foram feitas, uma delas foi a de se adicionar substâncias fotossintetizantes para ajudar os plásticos a serem decompostos pela luz. Outra tentativa foi a de adicionar amido ao polímero, pois o amido é um polímero natural, portanto, biodegradável, assim, depois que ele é degradado resta no ambiente menos plástico do que se o polímero estivesse sem o amido.

Por isso, é importante que a sociedade cobre medidas dos governos e autoridades, além de contribuir, não só para se descartar corretamente o lixo, mas também para diminuir a sua quantidade

Ácidos Graxos

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Ácido graxo é um ácido carboxílico (COOH) de cadeia alifática. São considerados componentes orgânicos, ou em outras palavras, eles contêm carbono e hidrogênio em suas moléculas. Estes ácidos são produzidos quando as gorduras são quebradas. São pouco solúveis em água (quanto maior a cadeia carbônica, menor a solubilidade), e podem ser usados como energia pelas células. São classificados em monoinsaturados, poliinsaturados, ou saturados.



Os ácidos graxos são encontrados em óleos vegetais e gorduras animais, e são considerados "gorduras boas", por isso devem estar incluso na dieta alimentar, uma vez que o corpo precisa deles para diversos fins. Principalmente os ácidos graxos poliinsaturados (ácidos graxos essenciais) que confere ao organismo uma série de benefícios.

Um ácido graxo essencial é um ácido graxo poliinsaturado que é sintetizado por plantas, mas não pelo corpo humano e, portanto, deve ser incluso na alimentação. Os ácidos graxos essenciais para a alimentação humana são o ácido linolênico (ômega-3) que está presente em grande quantidade nos peixes (especialmente o salmão) e óleos de peixe; e o ácido linoléico (ômega-6), presente nos óleos vegetais (soja, milho, girassol). Há outro ácido graxo conhecido como Omega-9, mas este tipo pode ser facilmente produzido pelo organismo, enquanto os outros dois tipos não são possíveis.

Uma alimentação humana corretamente balanceada deve conter ácidos graxos essenciais que são necessários para manter os níveis saudáveis de lipídios no sangue. Eles também são necessários para uma coagulação sanguínea adequada e para regular a pressão arterial. Outra função importante é o controle de inflamações nos casos de infecção ou lesão. Os ácidos graxos essenciais também podem ajudar o sistema imunológico a reagir adequadamente.

Ácidos graxos saturados
Estes ácidos são geralmente sólidos à temperatura ambiente. As gorduras contendo ácidos graxos saturados são chamadas de gorduras saturadas. Exemplos de alimentos ricos em gorduras saturadas incluem banha, bacon, toucinho, manteiga, leite integral, creme de leite, ovos, carne vermelha, chocolate e gorduras sólidas. O excesso de ingestão de gordura saturada pode aumentar os níveis de colesterol no sangue e aumentar o risco de desenvolver doença arterial coronariana.


Ácidos graxos monoinsaturados
Os ácidos graxos monoinsaturados são encontrados no abacate, nozes, azeite de oliva e nos óleos de canola e de amendoim. Pesquisas relatam que o consumo de gorduras monoinsaturadas é benéfico na redução do colesterol LDL, também conhecido como "mau" colesterol, como também diminui o risco de se desenvolver doenças cardíacas.


Ácidos graxos poliinsaturados
Os ácidos graxos poliinsaturados podem ser encontrados em óleo de girassol, óleo de milho, óleo de soja,  óleos de peixe e também em oleaginosas como a amêndoa e a castanha.




BIOQUIMICA

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A bioquímica pode ser definida como um estudo sistemático das biomoléculas, e dos fenômenos químicos e físico-químicos envolvidos, nos sistemas biológicos. A bioquímica foi capaz de demonstrar através das pesquisas realizadas pelos bioquímicos, que a vida é um sistema químico complexo, e simplesmente existe em virtude da união entre elementos simples.

A bioquímica é uma área interdisciplinar da ciência, capaz de utilizar inúmeros conceitos elucidados por outras ciências para explicação do surgimento e da continuidade da vida. Um exemplo disso é o fato de que os físicos no início do século XX descobriram que a difração de raios X era capaz de determinar a estrutura tridimensional das biomoléculas. A astronomia, a geologia, a química e a física fornecem importantes chaves para auxiliar os bioquímicos na obtenção de respostas para perguntas até então sem solução concreta.

Um experimento muito famoso e importante para a explicação da bioquímica e para o surgimento da vida a partir de elementos e compostos simples é a famosa experiência realizada por Miller-Urey, no ano de 1953, ano em que Watson e Crick explicaram a estrutura do DNA.

A experiência de Urey é uma tentativa de explicar o inicio da vida pela abiogênese (inicio da vida a partir de compostos minerais). Onde se criou um ambiente que reproduzia a Terra pouco tempo depois de ser formada, onde a mistura do vapor d’agua + N2 + CH4 + NH3 + CO2 + H2, que são elementos simples, foram submetidos a descargas elétricas simbolizando os raios, que quebravam as moléculas e rearranjavam todas formando compostos orgânicos que por sua vez formaram as biomoléculas responsáveis pelo surgimento da vida.

Esse experimento serviu como uma importante base para concretização de diversos estudos, inclusive o que veio a confirmar o experimento de Wöhler, após ter sintetizado a uréia, um composto orgânico, a partir de um composto mineral, ou seja, todas as moléculas existentes podem ser sintetizadas. A bioquímica e a química orgânica são estudos que tem em comum o estudo dos compostos de carbono diferindo o contexto de abordagem, visto que os grupos funcionais orgânicos apresentam função bastante importante para explicação dos conceitos bioquímicos. Para a química orgânica um grupo funcional que desempenha papel fundamental pode não ter significado importante em bioquímica ou vice-versa.

Como o foco da bioquímica é o estudo de biomoléculas, podemos citar os principais compostos estudados, por esta área da ciência, tais como:

Proteínas: são macromoléculas ou polímeros de aminoácidos, indispensáveis a toda e qualquer sistema vital;
Aminoácidos: são monômeros formados por nitrogênio, hidrogênio e carbono que sofrem polimerização para dar origem a proteínas. Onde estes possuem um nitrogênio carregado positivamente para formação de ligações peptídicas;
Ácidos Nucléicos: são compostos unidos por ligação covalente divididos em DNA e RNA, cuja sua estrutura possui, açúcar ligado a fosfato e uma base nitrogenada, são responsáveis pela transmissão do código genético, sendo capazes de se auto copiarem;
Lipídios: são compostos apolares representados pelos ácidos graxos, gorduras e óleos, presentes em sistemas biológicos, são responsáveis pela solubilização de proteínas e outros compostos necessários para a vida que são insolúveis em água e outros solventes polares;
Carboidratos: são biomoléculas formadas pela polimerização de açucares, funcionam como uma maneira que a vida encontrou de armazenar a energia necessária para dar continuidade aos processos biológicos.|Basicamente são esses os objetos de estudo da bioquímica, isto não significa que ela seja restrita somente a esses aspectos


Series e Grupos Radioativos


Existem cerca de 90 elementos químicos estáveis, isto é, que apresentam um átomo de núcleo estável eletricamente. Ocorre que, por apresentar carga elétrica igual (carga positiva), os prótons tendem a tornar o núcleo atômico cada vez mais instável à medida em que vai se chegando a elementos químicos mais pesados, isto é, com uma quantidade maior de prótons aglomerados no núcleo do átomo. Dessa forma, elementos químicos de alto peso molecular tendem a emitir partículas nucleares ou energia para adquirirem estabilidade. Dá-se essa definição no estudo da radioatividade.

Dentre os elementos químicos radioativos, destacam-se o urânio (U), o polônio (Po), o rádio (Ra) e o césio (Cs), os quais servirão como objetos de investigação do presente texto.

O elemento químico urânio possui número atômico 92 e massa atômica 238,07. É extraído da natureza na forma de um óxido, em concentrações minerais baixas. O urânio encerra os elementos químicos naturais, isto é, a partir dele, todos os demais classificados na Tabela Periódica são artificiais. Seu principal óxido é o óxido uranoso, de fórmula molecular UO2, de aspecto negro do qual são extraídos cristais de coloração verde. Outro minério de elevada importância é a uraninita, de fórmula molecular U3O8, a qual tem servido de maior fonte de urânio ultimamente. O urânio está na história da radioatividade, tendo sido o elemento responsável pelo descobrimento das emissões radioativas em uma série de experimentos promovidos por Becquerel. Sua série de desintegração radioativa dá origem ao elemento plutônio.

O elemento químico polônio possui número atômico 84 e massa atômica 209. Sua nomenclatura está associada a uma homenagem a Pierre e Marie Curie (Polônia). O polônio pode ser extraído pela sua alta solubilidade em soluções ácidas diluídas. Trata-se de um metal volátil, de baixíssimo ponto de fusão. É tido como uma das substâncias de maior intensidade de emissões radioativas dentre todas as outras.

O elemento químico rádio apresenta número atômico 88 e massa atômica 226,05. Trata-se de um metal alcalino terroso (localizado na Família 2A da Tabela Periódica), sendo muito raro naturalmente. Sua principal fonte é um minério conhecido como pechblenda. Apresenta uma importante emissão gama, a qual é utilizada industrialmente na esterilização de alguns alimentos. Uma de suas séries de desintegrações radioativas forma os elementos hélio e radônio.

O elemento químico césio possui número atômico 55 e massa atômica 132,9. Trata-se de um metal alcalino (Família 1A da Tabela Periódica), sendo encontrado no estado líquido em temperaturas superiores a 28 °C.  É utilizado desde 1967 pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) como determinante para a unidade do tempo segundo, sendo que 1 segundo corresponde a 9.192.631.770 ciclos da radiação de seu isótopo 133 entre dois níveis de energia de seu átomo.

Datação pelo Carbono 14

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O carbono 14 é formado a partir da colisão entre raios cósmicos e o nitrogênio 14, encontrando na atmosfera terrestre.
Esse isótopo do carbono liga-se facilmente com o oxigênio, formando o gás carbônico (14CO2), que é absorvido pelas plantas. Quando um ser vivo morre, a quantidade de carbono 14 diminui, o que implica em um decaimento radioativo.

O tempo de meia vida do carbono 14 (14C) é de 5730 anos. Isto significa que se um organismo morreu há 5730 anos terá a metade do conteúdo de 14C.
O tempo de meia vida de um elemento radioisótopo é o tempo necessário para que se desintegre a metade de sua massa, que pode ocorrer em segundos ou em bilhões de anos, dependendo do grau de intensidade do radioisótopo. Ou seja, se tivermos 200 g de massa de um elemento radioativo, cujo tempo de meia vida é de 10 anos, após esses 10 anos o elemento terá 100 g de massa. Assim sendo, a idade radiocarbono da amostra fóssil pode ser obtida comparando a radioatividade específica 14C/12C desta amostra. Nesse caso, quanto menor é a quantidade de carbono 14 encontrada na amostra mais antiga ela é.

Para descobrir a quanto tempo um organismo morreu, determina-se a quantidade de elétrons que o organismo emitiu por minuto por grama de material, que hoje em dia é de aproximadamente de 15 elétrons emitidos por minuto por grama de amostra.


Período de Meia Vida

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Os estudos relacionados aos compostos radioativos são alvo de estudo desde muito tempo e algo extremamente importante é o período de meia vida dos mesmos. Cada elemento possui um período de meia vida específico, sendo que seu poder radioativo vai reduzindo ao passar do tempo através da desintegração desse átomo o que chamamos de decaimento radioativo. Porém devemos considerar que esse átomo nunca sumirá e nem sua radiação será zero.

O conceito de meia vida trata especificamente do tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo ser reduzida a metade. Um bom exemplo para esse conceito é a datação de fósseis onde é utilizada a datação por carbono-14 como parâmetro de comparação.

A fórmula para cálculo do decaimento é a seguinte:

M=m02n

Onde M é massa após alguns números de meia vida, m0 a massa inicial da amostra e n é o número de meia vidas. Pelo fato de o número de meia vidas ser exponencial o processo se torna praticamente infinito.

A meia vida pode ser classificada como biológica e efetiva. A primeira corresponde ao tempo que um certo elemento leva para ser eliminado de um determinado organismo. Já a segunda é o tempo em que a atividade de um elemento em determinado órgão é reduzida à metade.

Alguns elementos tem tempo de meia vida de segundos e outros milhões de anos. Veja alguns casos:

  • Urânio-238: possui tempo de ½ vida de 5.000.000.000 anos;
  • Carbono-14: possui tempo de ½ vida de 5.730 anos;
  • Césio-137: possui tempo de ½ vida de 30 anos;
  • Tório-232: possui tempo de ½ vida de 14,05 bilhões de anos;
  • Polônio-209: possui tempo de ½ vida de 103 anos.

Segunda lei de Soddy, Fajans e Russel

Quando um núcleo pai instável sofre certo tipo de reação o mesmo tem a capacidade de transformar um nêutron em um próton, elétron e um neutrito.

Nessa parte o elétron é expelido do núcleo pai juntamente com o neutrito e permanecendo o próton no núcleo.

Como o neutrito tem carga neutra e massa desprezível ele não altera a composição do núcleo. Já o elétron que também tem a massa desprezível altera o numero atômico já que contem carga negativa.

A segunda Lei de Soddy em resumo trata que quando um núcleo sofre uma reação e converte nêutron em próton e elétron, ele altera seu numero atômico aumentando uma unidade e sua massa permanece constante.

β = símbolo que significa beta o nome dado aos raios desse gênero, formados por elétrons.

Primeira lei de Soddy

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A primeira lei de Soddy (ou primeira lei da radiatividade natural) tem base de aplicação nas partículas alfa, que são partículas emitidas por um núcleo instável e muito grande, estas partículas são a de menor força de penetração dos três tipos de partículas radioativas expelidas por um núcleo instável.

As partículas alfa são compostas por dois prótons e dois nêutrons.


Esta partícula tem carga positiva dois mais e massa atômicas igual a quatro. Este fato explica como em determinadas experiências as partículas alfas foram desviadas minimamente para o lado da placa carregada eletricamente negativa e o seu desvio foi mínimo devido a sua massa.

A 1º Lei de Soddy explica o comportamento desta partícula em relação ao núcleo do qual foi expelida.

Quanto à partícula alfa se desliga do núcleo pai este diminui duas unidades do seu numero atômico e sua massa diminui quatros vezes, isto a cada partícula liberada.

Isto se dá pelo fato que a partícula alfa possui dois prótons o que deixa o núcleo pai com dois prótons a menos por isso sua diminuição de carga positiva. E a partícula alfa possui alem dos dois prótons dois nêutrons, o que faz com que a massa seja diminuída quatro vezes, pois é o numero de prótons e nêutrons existentes na partícula.

α = símbolo dado as partículas de prótons e nêutrons (alfa).

Em resumo a 1º Lei de Soddy é a que quando uma partícula alfa se solta de seu núcleo pai este diminui quatro unidades do numero da massa (peso) e duas unidades do seu numero atômico (carga elétrica)

NITROCOMPOSTOS

          1- Nomenclatura e exemplos

  Nomenclatura oficial IUPAC:   nitro + nome do hidrocarboneto
Alguns exemplos importantes:
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          2- Propriedades físicas

          Os nitrocompostos são isômeros dos nitritos. A diferença é que nos primeiros, o nitrogênio está ligado diretamente à cadeia carbônica (R - NO2), enquanto que, no nitritos, a ligação do nitrogênio à cadeia carbônica é feita através de um átomo de oxigênio (R - O - N=O). Os nitroalcanos são líquidos incolores, densos, de cheiro agradável, não venenosos e insolúveis em água. São substâncias muito polares de modo que seus pontos de fusão e ebulição e densidade são bem superiores aos dos nitritos isômeros. veja um exemplo:


  H3C-NO2  PE = 102o C 
  H3C-O-N=O   PE = -12o C 

          O nitrobenzeno é um líquido amarelado, insolúvel e mais denso que a água, venenoso e bom solvente para substâncias orgânicas. Os nitrotoluenos também são líquidos. Já os dinitro e trinitro-benzenos (e toluenos) são sólidos explosivos. Veja a síntese do 2,4-dinitrotolueno.

          3- Métodos de obtenção

          Os nitrocompostos geralmente são preparados pela reação com ácido nítrico. Essa reação é chamada nitração:

Para alifáticos: Nitração de alcanos
Para aromáticos: Nitração do benzeno (ou derivados)
          As reações de obtenção dos nitrocompostos alifáticos são mais difíceis e dão rendimentos bem mais baixos que os apresentados pelos nitrocompostos aromáticos. Exige-se uma temperatura de cerca de 400o C, em fase de vapor, de uma mistura de alcano e ácido nítrico. A nitração de um alcano torna-se mais fácil ao passar-se do carbono primário para secundário e para terciário (veja mais detalhes na teoria da estabilidade dos carbocátions).

          4- Propriedades químicas

          O grupo NO2 gera um forte efeito desativador do anel aromático, facilitando as substituições eletrofílicas preferencialmente na posição meta (1,3). Veja abaixo as possíveis estruturas de ressonância para o nitro-benzeno:

Resultado de imagem para O grupo NO2 gera um forte efeito desativador do anel aromático, facilitando as substituições eletrofílicas preferencialmente na posição meta (1,3). Veja abaixo as possíveis estruturas de ressonância para o nitro-benzeno:



          Veja que as posições orto e para possuem baixa densidade eletrônica, pois ficam constantemente destituídos de elétrons. Logo, o composto sofrerá facilmente ataques eletrófilos na posição meta. Ora, se o primeiro radical (NO2) diminui a densidade eletrônica do anel, ele é um grupo desativador, e diminui a reatividade do composto.

          Os nitroalcanos têm um pequeno caráter ácido, proveniente do equilíbrio abaixo:

equilíbrio nitro-froma/aci-forma nos nitroalcanos

          Este equilíbrio é semelhante ao equilíbrio que ocorre nos aldeídos (equilíbrio aldo-enólico), nas cetonas (equilíbrio ceto-enólico) e nos ésteres. No entanto, a acidez da aci-froma é mais pronunciada do que a dos enóis. Em alguns casos podemos até separar as duas formas, como por exemplo: Ph-CH2-NO2 (líquido oleoso amarelo) e Ph-CH=NOOH (sólido branco). Através da aci-forma, os alcanos reagem com bases fortes, produzindo os sais correspondentes:

R-CH=NO2H (aci-forma) + NaOH  R-CH=NO2Na (sal) + H2O

5- Aplicações dos nitrocompostos


  • Os nitroalcanos são usados como solventes e como intermediários na produção de outros compostos orgânicos;
  • Por seu odor agradável (lembra amêndoas amargas) o nitrobenzeno é utilizado na fabricação de perfumes baratos;
  • O trinitro-tolueno, mais conhecido como TNT, é um dos explosivos mais utilizados no mundo;
  • Os mono-nitrocompostos aromáticos (nitrobenzenos, nitrotoluenos, nitroxilenos) são importantes para a obtenção de aminas aromáticas, usadas na produção de corantes orgânicos;
  • O 2,4,6-trinitrofenol (ácido pícrico) além de ser utilizado na fabricação de explosivos (como o picrato de sódio), é usado como germicida e na fabricação de medicamentos (como o picrato de butesina, usado em queimaduras);

Compostos Organometálicos

Organometálicos são os compostos orgânicos que possuem pelo menos um átomo de metal ligado a um átomo de carbono. Normalmente os metais que formam esse tipo de substância são: magnésio (Mg), zinco (Zn), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg).

Dentre os organometálicos mais comuns estão os organomagnésios, mais conhecidos como compostos ou reagentes de Grignard, cujo metal ligado ao carbono é o magnésio, e ele, por sua vez, está ligado a um halogênio, que pode ser um dos seguintes elementos da família 17 da Tabela Periódica: flúor (F), cloro (Cl), bromo (Br) e iodo (I).


Os compostos organometálicos são normalmente tóxicos, pois possuem metais que se acumulam no organismo e são mais solúveis em compostos orgânicos do que outros compostos inorgânicos que têm a presença desses metais. Um exemplo em que isso pode ser visto é quando garimpeiros ou indústrias jogam compostos organometálicos em lagos e rios. Os resultados são graves problemas para a saúde dos usuários dessas águas (tanto humanos como animais), como também outros problemas ecológicos.

A seguir temos três exemplos de compostos organometálicos presentes em nosso dia a dia:

• Cloreto de etil-mercúrio (H3C ─ CH2 ─ HgCl): esse composto pode ser usado como fungicida na preservação de sementes. Entretanto, seu uso é muito perigoso, pois, por possuir mercúrio, ele é altamente tóxico, principalmente para o sistema nervoso;

• Butil-lítio (H3C ─ CH2 ─ CH2 ─ CH2 ─ Li): esse composto é usado como iniciador de polimerização para a produção de elastômeros, isto é, polímeros com propriedades elásticas;

• Tetraetil-chumbo (ou chumbotetraetila): por muito tempo esse composto foi usado como antidetonante na gasolina, pois aumentava sua octanagem e o rendimento do motor. No entanto, junto com a queima da gasolina, esse composto liberava chumbo para o meio ambiente, causando a poluição da atmosfera. Esse chumbo é tóxico, polui o meio ambiente e é especialmente perigoso porque afeta o cérebro, ocasionando efeitos na coordenação motora.

Estrutura do Tetraetil-chumbo.
Assim, em seu lugar está sendo usado outro organometálico: o ferroceno, que possui em sua estrutura dois anéis ciclopentadienila em cada lado de um ferro, conforme mostrado nas estruturas químicas abaixo:

Estrutura do ferroceno.
 nomenclatura dos organometálicos segue o seguinte esquema:
Nomenclatura dos compostos organometálicos.
Exemplos:
                       CH3
                       │
                       CH2
                       │
H3C ─ CH2 ─Al    :  trietilalumínio
                       │
                       CH2
                       │
                      CH3
H3C ─ CH2 ─ CH2 ─ Li : propil-lítio
Se for um composto de Grignard, temos:
Nomenclatura oficial dos compostos de Grignard
 Exemplos:
H3C ─ CH2 ─ MgCl : Cloreto etil-magnésio
H2C ═ CH ─ MgBr : Brometo de vinil-magnésio

Tiocompostos ou Compostos Sulfurados

Os tiocompostos são compostos orgânicos que possuem um ou mais átomos de enxofre (S) em sua estrutura. O termo “tio” vem do grego theion, que significa enxofre. Esses compostos também são chamados de compostos sulfurados, termo ligado a sulphur, que também significa enxofre, mas em inglês.

Uma das principais características dos compostos que contêm enxofre é que eles possuem um cheiro muito desagradável. O cheiro de ovo podre, por exemplo, ocorre pela presença do H2S (sulfeto de hidrogênio). Já o metanotiol (H3C — SH) possui um dos piores cheiros do mundo.

Fórmulas do metanotiol, um composto sulfurado que possui um dos piores cheiros do mundo

Visto que o enxofre pertence à mesma família que o oxigênio (família 16) e vem logo abaixo dele, eles possuem propriedades semelhantes e também formam compostos semelhantes, como veremos mais adiante.

Entre os tiocompostos mais conhecidos estão os tióis ou tioálcoois e os tioéteres, mas também existem os tioésteres, tiocetonas e tiofenois. Veja cada um desses grupos, como eles possuem semelhanças estruturais com os compostos oxigenados e alguns exemplos deles no cotidiano e na natureza:

* Tióis ou tioálcoois: São semelhantes ao grupo funcional dos álcoois — compostos que possuem o grupo OH ligado a um carbono saturado (que realiza somente ligações simples). De modo similar, os tióis possuem o enxofre (S) no lugar do oxigênio dos álcoois, ou seja, possuem o grupo SH ligado a um carbono saturado.

Álcool                   Tiol 
R — OH              R — SH

Exemplo:

Álcool                                   Tiol
H3C — CH2 — OH                H3C — CH2 — SH
      Etanol                               Etanotiol   

Veja que a nomenclatura dos tióis é realizada de forma semelhante à nomenclatura dos álcoois, mudando-se somente o sufixo “ol” por “tiol”.

Os tióis também são chamados de mercaptanas, palavra que vem do latim mercurium captans e significa “capturador de mercúrio”, justamente porque os tióis têm a capacidade de reagir com o mercúrio e formar precipitados.

Um exemplo de tiol importante é o butan-1-tiol que é adicionado ao gás de cozinha. O gás de cozinha é fundamentalmente formado pelos gases butano e propano, que não possuem cheiro. A presença do butan-1-tiol faz com que se sinta o cheiro quando há algum vazamento de gás, o que evita a ocorrência de acidentes.

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Um tiol que está presente na natureza é o 3-metilbutan-1-tiol. Esse composto está presente no líquido amarelo e malcheiroso que os cangambás (Mephitis mephitis) expelem para proteger-se. Outro exemplo é o propan-1-tiol, que está presente na cebola, na cebolinha e no alho, conferindo-lhes os seus cheiros característicos quando cortados.

O cheiro da cebola, alho e cebolinha devem-se a compostos sulfurados

* Tioéteres: São semelhantes ao grupo funcional dos éteres — compostos que possuem o oxigênio entre dois carbonos. O mesmo se dá com o enxofre no caso dos tioéteres. Veja:

   Éter                     Tioéter
R — O — R               R — S— R

Exemplo:

Éter                                       Tioéter
H3C — O — CH2 — CH3                  H3C — S — CH2 — CH3
       metoxietano                        sulfeto de metiletila   

Veja que a nomenclatura dos tioéteres segue a seguinte regra:

sulfeto de + nome do radical + nome do radical + a

Os tioéteres também são conhecidos como sulfetos. Se esses compostos forem submetidos a uma oxidação branda, eles transformar-se-ão em dissulfetos: R — S — S — R. Estes possuem grande importância biológica porque a ponte — S — S — une as longas moléculas de proteínas entre si. Um exemplo pode ser visto no texto Cabelos ondulados com permanente.

Um tioéter importante é o 2-cloroetilsulfanil-2-cloroetano, mais conhecido como gás mostarda. Sua fórmula é dada por: 

Cl — CH2 — CH2 — S — CH2 — CH2 — Cl

O gás mostarda tem esse nome porque possui um cheiro semelhante a alho com mostarda. Ele é extremamente tóxico, pode causar cegueira, edema pulmonar, lesões na pele e asfixia. Por isso, foi muito usado em guerras. Isso acontece porque ele reage com a água presente na umidade do ar ou no organismo e libera HCl. Esse produto é o responsável pela irritação na pele, nos olhos e no sistema respiratório que a pessoa sente quando é atingida por esse gás.

Cl — CH2 — CH2 — S — CH2 — CH2 — Cl + 2 H2O → HO — CH2 — CH2 — S — CH2 — CH2 — HO + 2 HCl

Reação de substituição do gás mostarda

Agora veja no esquema a seguir como os demais tiocompostos assemelham-se aos respectivos grupos funcionais oxigenados:
Semelhanças entre tiocompostos e compostos oxigenados